Figura de apoio à lição nº 82 e 83

Entre os 100 Km e os 350 Km de profundidade o gradiente geotérmico é superior à temperatura de fusão do peridotito o que implica uma fusão parcial dos seus constituintes. Menor rigidez dos materiais implica uma diminuição de velocidade das ondas P. ASTENOSFERA

A partir dos 350 Km a temperatura de fusão do peridotito é superior ao gradiente geotérmico e assim ele mantém-se sólido. Aumento da rigidez implicou um aumento da velocidade das ondas P.

Figura de apoio à lição nº 82 e 83

Questão:

Explica a existência da zona de sombra sísmica.




Resposta:

A existência de zona de sombra sísmica deve-se ao modo de propagação das ondas sísmicas no interior do globo quando estas atingem a profundidade de 2900 Km, ou seja, quando atingem o núcleo externo. Ao atingirem essa profundidade as ondas S deixam de se propagar e as ondas P são desviadas na sua trajectória e diminuem de velocidade.
Isto leva a concluir que o núcleo externo deve ser constituído por materiais que se comportam como um líquido o que impede a propagação das ondas S, uma vez que estas não se propagam nos líquidos, e que provoca o desvio de propagação das ondas P, fazendo com que estas deixem de ser registadas entre os 103º e os 143º de distância epicentral. Assim há uma zona à superfície do globo, situada entre os 103º e os 143º de DE em que não há registo de qualquer onda sísmica – zona de sombra sísmica.

Questão de revisão - vulcanismo

Relaciona os tipos de actividade vulcânica com os tipos de limites de placas, justificando.

Nos limites divergentes de placas tectónicas o vulcanismo é maioritariamente fissural e efusivo. Este tipo de vulcanismo é caracterizado pela expulsão calma, ao nível do rifte, de lava básica muito fluida, pobre em água e em sílica, com uma elevada temperatura. Esta lava tem estas características porque resulta da fusão parcial do peridotito, que é a rocha dominante no manto e que é ultra-básica (muito pobre em sílica e muito rica em olivina).

Nos limites convergentes de placas tectónicas o vulcanismo é maioritariamente central e explosivo. Este tipo de vulcanismo é caracterizado pela expulsão violenta, ao nível das cadeias montanhosas pericontinentais e dos arcos insulares, de piroclastos e nuvens ardentes, originários de magma ácido muito viscoso, rico em água e em sílica, com uma temperatura menos elevada (comparativamente). Este magma tem estas características porque resulta da fusão parcial do basalto da placa em subducção, juntamente com água do mar e com outras rochas, ácidas (granitos do continente e sedimentos da fossa oceânica).
Consoante o grau de basicidade e conteúdo em gases do magma formado assim as erupções são mais explosivas ou mais efusivas, pelo que neste tipo de limites de placas a actividade vulcânica pode ser mista.

Nos limites transformantes de placas tectónicas não há actividade vulcânica (pelo menos generalizada)porque não há destruição nem construção de litosfera (há falhas activas e sismos, mas não há magma).